sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Uma forte experiência



"Que experiência forte essa nossa, onde somos as mãos, as pernas, a continuação do corpo de nossos filhos.

Que experiência forte, de um amor incondicional a de amar sem nada esperar, um amor verdadeiro sem projeções.

Que experiência forte essa de desenvolver uma sensibilidade além do normal, para entendermos as necessidades, o que é melhor para nossos filhos, a de enxergarmos através dos olhos, a de enxergar com o coração.

Que experiência forte essa a de presenciar por vezes a dor de nossos filhos e ficarmos impotentes diante disso, constatando a nossa incapacidade diante de coisas que estão além de nossa capacidade de suportar, mas mesmo assim ali presente prestando sempre a nossa solidariedade, tolerância e amor.
          Sulamita Meninel


Noites em claro, dias cansativos, choro e inquietação! Assim descrevo minha semana. 
Como explicar o desespero em ver uma criança chorar, chorar e chorar, com dor e não conseguir identificar o problema ?
Desde sábado o Davi vinha tento inquietações, se irritava facilmente, começou dormindo mal, e eu tentando adivinhar.
Primeiro identifiquei cólicas, já que esse é o problema crônico dele. Não era!
Domingo e segunda partimos para dores de estômago, afinal não são poucos os medicamentos. 
Continuaram os choros, ou melhor aumentaram! O desespero e o cansaço começaram a tomar conta de nós.
Tentei manter a rotina, mas ele nem quis saber de seu cavalo na equoterapia, coisa que sempre o acalma.
Quarta-feira a T.O. comentou um inchaço na mão, pensei, então, tem alguma luxação, também não era. 
Foi uma coincidência. A órtese estava mal colocada, consequência de irritação e falta de concentração. Da mãe, é claro!
No dia seguinte fomos a dentista, eu estava, naquele momento, certa que os dentes eram a causa dos choros que ainda aumentavam! 
Não era! 
Resultado, fomos parar no Pronto Socorro. Péssimo!
Imaginem uma mãe chegando com seu filho ao PS:
Na pré consulta a enfermeira pergunta: "O que ele tem?", eu respondo: "Choro, muito choro", ela pergunta: "ele sente alguma dor ?"...
Que ele sentia alguma dor era óbvio, mas, pelo amor de Deus, ONDE?????
Ao passar pela consulta, a pediatra foi rápida em descobrir o vermelhinho dentro do ouvido super inflamado. 
Sai de lá com a receita do antibiótico, aliviada e bem envergonhada!
Como não imaginei antes ? 
Em minha ignorância, e pela experiência em dores de ouvido, achei que elas sempre vinham acompanhadas de febres... mas nem sempre. 
Pelo menos não desta vez!
Entre uma dose e outra de Alivium, os choros foram se espaçando, e hoje, sexta-feira, penso que terei uma noite tranquila.
Boa noite!
Citação do início do texto retirado do texto Meninas Valentes do blog  Intimidade Dividida