terça-feira, 30 de julho de 2013

A três e tantas da madruga...

Três e tantas da madruga, e ele ainda não dormiu...

A considerar meu dia de trabalho (faxina no quartinho dos fundos) e um frio de provavelmente uns 9 graus que está lá fora, e ainda que eu não tenha um aquecedor... imagina minha cara de frustração, e vontade de dormir.

Não me vejam como uma vítima e coitada nesse momento, podem ver se quiser, e sim como a pessoa mais indignada do mundo: Como o Davi consegue dormir o dia todo, com o barulho da TV, cachorro latindo, no carro e até durante as seções de fisio e passa a noite em claro, olhando para o teto, quando está quieto, frio e a meia luz? 

Pois é! Essa é a questão do dia, ou da noite.

Passo o dia todo tentando acordá-lo, TV no desenho preferido, banho de sol para esquentar do frio, seções de fisio sem dó do soninho, mas ele dorme na piscina de bolinhas, podem acreditar. E se vamos ao shopping... é aquela trabalheira para desmontar e montar cadeira e depois de uma voltinha, ele está ... dormindo.

Essa é a fase do momento, vai passar? Vai...sempre passa, e enquanto isso a gente passa a noite, entre um denguinho e outro, já que não posso dar muita diversão, senão ele nunca vai entender que as noites são para descansar. Mas como ia dizendo... a gente passa por aqui... desabafando um pouquinho no blog e na companhia de bons livros que fazem o tempo voar e a cabeça viajar.

Amanhã, fazer o quê? Vou ter que acordar um pouco mais tarde. Ah! Capítulo a parte, já que agora tenho o maridão por patrão. É isso, desisti das aulas, por motivos óbvios! Comecei vida nova profissional, novos aprendizados, novos desafios e horários digamos assim... maleáveis a meu favor. O momento exige!

Gostaria de deixar aqui uma fotinha desse momento, pois o Davi é só risadinha, mas como está muito frio... para pegar a máquina na sala, vou postar umas de uns dias atrás.


De madrugada, com a mamãe quer fazer graça...

...fica esperando a brincadeira...

...e na hora de brincar...



segunda-feira, 8 de julho de 2013

Arriscar sem se importar

Os olhares, os comentários e as insinuações estão presentes no dia-a-dia de mães especiais. É muito difícil sair de casa com seu filho com deficiência sem pensar "hoje serei o centro das atenções", porque é bem isso o que acontece. Chamamos a atenção! E isso é fato!

Estivemos em uma viagem de férias, voltamos a menos de uma semana e ainda sinto os efeitos dos sintomas de mãe perseguida: aquela que chama a atenção das pessoas na piscina, no restaurante, na brinquedoteca e por onde passa.

Uma onda de cansaço me consome. Mas sei que não é cansaço físico,é mental ! Uma mãe especial como eu entende o porquê.

Os olhares curiosos e comentários discretos, sinceramente, me deixam um pouco tensa, mas não afetam o meu humor. O problema é que existem pessoas completamente sem noção.

No segundo dia de nossa viagem fomos a um parque aquático maravilhoso em Rio Quente, no estado de Goiás. Estávamos hospedados em Caldas Novas e decidimos passar por esse parque que é uma grande atração da região, e fica a apenas 20 km, o parque tem toboáguas para todas as idades e gostos, e claro que até o Davi se incluiu nessa.

Decidi proporcionar a ele essa sensação, depois de nos assegurarmos, eu e meu marido, que não haveria riscos descer com ele num toboágua infantil, onde pais com crianças de colo (menos de um ano) desciam com seus filhos.

Imaginem a expectativa, a preparação para a foto, e tudo o mais. Porém quando eu estava ali em cima, esperando meu marido se posicionar para a foto, (esse momento teria que ser registrado) vi uma senhora que me olhava e mexia sua cabeça em sinal de reprovação, como se eu estivesse fazendo algo muito errado. Me senti muito mal, como se eu estivesse fazendo algo por mim, e não por ele.

Descemos! Ele se assustou! Claro! Imaginem o que isso não foi pra ele, que só fica deitado ou sentado. Ele ficou por um tempo sem abrir os olhos, super assutado, e eu logo comecei a chorar,me sentindo super culpada, com aquele gesto de reprovação daquela bruxa na minha mente.

Para meu alívio, assim que ele abriu os olhos escancarou sua banguela num sorriso me fazendo chorar ainda mais, de emoção.

Só não vou descer com ele de novo num toboágua, porque não tenho nenhum ao meu alcance no momento, pois estou de volta a minha cidade, e, aqui não tem águas quentes. Mas da próxima vez... assim que vir uma senhora bruxa com olhar de reprovação pra mim, vou dar a ela um sinal de banana e, até terei pena dela... porque ela nunca saberá... o tamanho do amor existente em meu coração.