segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A felicidade como o X da questão!



A luta é diária com pedras no caminho, mas também muitas flores, e principalmente sementes plantadas com amor e dedicação.

            Todos os seres humanos em suas diferenças tem um objetivo em comum, e lutam por ele buscando-o na forma como acreditam encontra-lo, ou melhor encontra-la, a tal da felicidade.
            Sempre colocamos a felicidade ao lado de um ideal, e a fórmula fica fácil, atingimos o ideal e eis a felicidade, mas e quando a realidade não é o que idealizamos, sonhamos ou queremos,? E para complicar ainda mais essa realidade é inserida num contexto de amor, cuidado e de uma vontade enorme de viver e ser feliz?
         Ufa! Confuso! Talvez seja assim mesmo o conceito de felicidade, algo tão confuso e complexo que não tem como explicar, só viver e sentir.
         Há algum tempo li o livro "A arte da Felicidade" de Dalai Lama e Howard C. Cutler e achei muito interessante a forma como a felicidade é colocada quando retratada pelo exemplo de duas pessoas ainda jovens e de vidas distintas, um homem que descobriu ser portador do vírus HIV e amargou por um período a mais profunda tristeza e desespero, e uma mulher que conseguiu uma rica aposentadoria e desfrutou de um período de grandes conquistas materiais e conforto.
        Depois de anos é interessante ver como mudou a vida dessas pessoas, a mulher, então feliz e com o futuro garantido, se tornou uma pessoa desmotivada, passando seus dias sem grandes conquistas, enquanto que o jovem, que pensava não ter muitos anos de vida, tinha se tornado uma pessoa realizada, vivendo o melhor de cada dia ou fazendo seu dia melhor.
        Engraçado que tive a oportunidade de ler esse livro anos antes de ter meu filho, e hoje sei como isso faz todo o sentido, eu renasci depois que o Davi nasceu, não que seja fácil, que ás vezes eu não chore ou me desespere com as situações, mas já que é para passar por tudo isso, vamos passar felizes e tornar nossos dias mais felizes.
         Tenho uma família muito bonita, um marido que nos dá todo apoio e uma filha de 9 anos, que vê no irmão um presente de Deus, ela o ama e compartilha comigo todos os sentimentos de alegrias e aflições, e juntos lutamos por ele e por nós em busca da tal felicidade!
         O Davi é uma criança com muitas limitações e se priva, devido a sua deficiência, de coisas simples que alegra qualquer criança, portanto não o deixo se privar de fazer parte de uma família feliz. Hoje é o que de mais concreto e valioso podemos dar a ele.

2 comentários:

  1. Puxa Kristhine...estou gostando do seu blog.
    Você coloca muito bem seus sentimentos.
    Ser feliz....felicidade é o olhar para o qual você tem com a vida e as situações.
    Ter um filho com deficiência não é a pior coisa do mundo nè?
    Eles tem uma felicidade surpreendente...surpreendente para nós porque lá no fundo nos perguntamos : Como ele pode ser feliz com tantas limitações?
    Nos projetamos na deficiência de nossos filhos e como não suportamos nos ver na situação deles começamos a "criar" monstros que aos poucos com a ajuda deles acabamos por dismistificar.
    Essa imagem social e cultural que temos da deficiência é que nos amedronta e não própriamente a deficiência, porque depoís que a conhecemos começamos a ter outro olhar.
    A limitação não é nenhum empecilho para a felicidade. Se " construir" dentro das limitações que nos foram dadas, não só a de nossos filhos, mas as nossas limitações também, é o grande aprendizado da vida, isso vale para todos .Nossos filhos "driblam" essas limitações. Eles tem uma pureza imaculada, eles conhecem e reconhecem o amor e isso é o que basta para eles, serem amados . Isso deveria bastar para todos, porque a felicidade está no amor.Primeiro no amor próprio, pela sua vida, pelos seus desafios e aí se estendendo para todos. Parabéns pela sua postura diante do desafio que é o de criar um filho com deficiência, descobrindo que não é a deficiência deles que nos deixa tristes ou imobilizadas, mas a nossa própria que como espelho eles nos mostra. A partir daí depende de nós separarmos o que é nosso e o que é deles. Bjs

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    1. Sulamita, nós damos aos nossos filhos, o que de melhor podemos dar: amor e alegria! É claro, entre uma aflição e outra, vamos sendo felizes! E porque não? muito felizes!
      Um grande beijo a vocês e obrigada pelo carinho e atenção.
      kristhine

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