Pensando em inclusão resolvi escrever esse post para dividir minha angústia de ver meu filho excluído. Excluído sim!
Porém de uma forma diferente. Com algumas exceções, ninguém o exclui e sim sua própria condição!
É confuso pensar que tanto lutamos pela inclusão. Eu mesma como professora sempre tive esse discurso pronto, na ponta da língua, mas eu estava do lado oposto.
Hoje sinto dificuldade em incluir meu filho.
Nunca me esqueço de uma conversa com o neuro, ainda nos primeiros meses de vida do Davi, em que ele me disse: "O Davi é uma criança como outra qualquer, ele não é doente, não precisa ser poupado de nada, tem que ir a festinhas, ficar até tarde, buscar a irmã na escola, correr da chuva, tomar vento na cara, enfim participar".
Hoje sei que ele falava em inclusão.
Até consigo levá-lo às festinhas, mas muitas vezes, ou na maioria delas, ele se encontra indisposto, fica irritado, tem dores de cólicas, chora, e acaba ficando num lugar reservado, em algum quarto, num cantinho da sala, ou até mesmo deitado no carro até se acalmar.
Resultado, nunca participa, nem sai em fotos. Na festinha da própria irmã o Davi não está no álbum.
Sempre procuro concentrar a família e amigos em casa, para que ele não saia de seu cantinho, onde tem sua TV, seu DVD predileto: A Galinha Pintadinha. E assim, não preciso transportar "meio mundo" como cadeira de rodas, dietas, fraldas, remédios, etc.
Muitas vezes me encontro indisposta para tudo isso, ele está cada vez mais pesado, e por mais que não me importe com olhares curiosos, não me sinto confortável em dar a dieta pela gastro em qualquer lugar.
Então, penso que por mais que eu faça de tudo para incluir meu filho e fazê-lo participar, algumas situações fogem a minha vontade, e são muitas. A maioria delas é devido a própria condição dele.
Difícil ! Porém confio que com o tempo e com seu desenvolvimento, as coisas vão melhorar, vamos juntos superar mais esse limite, eu dentro de minhas limitações e ele dentro das dele.
Olá Kristine!
ResponderExcluirNão podia mais me identificar com esse texto! Tudo igual!
Penso que o mais difícil é assumirmos para nós próprias que ele é diferente, que se vai comportar de maneira diferente, que todos vão olhar e comentar quando fizer uma birra ou tiver que estar sempre ao colo, e não brincar como os outros meninos.
Por isso, acho que a solução (ainda em teste) é assumir isso mesmo e deixa-lo fazer as birras que quer e ignorar o que os outros pensam. Assim, os outros habituam-se de depois deixa de ser um embaraço para nós!
Beijo grd
Sara (do blogue portiq)
Penso em também entrar nessa fase de testes! Estamos sempre em adaptações! Beijinhos
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